Radiano

Preciso parar o relógio do tempo para poder cuidar de mim. Poucas são as vezes que ouço e leio algo realmente belo. O zapping na TV tem sido o eleito entretenimento e durante o ato o meu pensamento está embrulhado em teorias, deduções e cálculos mentais, a resolver problemas ligados à minha arte que carecem resposta para o dia seguinte, estes são de tal forma teimosos que termino o zapping sem ter visto um único canal. Pior ainda, quando os safados me acompanham no sono.Tiram-me o sono! Preciso parar, deixar de escrever coisas destas, lamentar não resolve nada! Mas como? Vou dormir...

Sei que devo suportar as tuas tristezas e todas as revoltas e injurias e insultos, descargas da tua raiva. Percebo que queiras a minha submissão e servidão sem piedade. Pois só assim serás quem nunca foste. Mas esse esforço que me pedes é a aniquilação do meu eu. Nenhum dos dois tem culpa  das agruras da vida e do destino de cada um. Não tenho nada a perdoar.  Porque não é perdão é pena por seres assim: resultado da escuridão que te persegue. Eu quero ajudar-te mas sem arrogância e mau feitio. As obrigações e deveres podem ser só tarefas e não só quando queres ou a hora que queres. Em ti só existe o receber e o dar: nao existe o dar?

2016 Despedi 2016! Porque resolvi contratar um outro colaborador. Para o 2016; excelente funcionário; desejo-lhe uma boa pesca, Os franceses quando se reformam dizem que vão pescar.... Este novo que seja audaz, mestre no ofício da saúde, amor e fortuna, e que supere todas as expectativas. Se assim for todos os meus amigos serão certamente beneficiados.

Questiono o poder institucional; As leis assentes em livros rebuscados; com interpretações duvidosas e regras constantemente quebradas. Questiono a política de conduta e modelos. Questiona a ciência hipotética sem factos comprovados. E a palavra oca que movimenta massas infundados sem objetivos comuns. Basta!

Por vezes sinto-me só entre todos. Aquilo que me motiva é levianamente sentido pelos outros, sintonizo á margem da onda comum e a minha perde-se no universo. Sinto-me agitado olhando o mar calmo, porque ele arde e borbulha com o mergulho do astro rei. Transcendo a primeira impressão e exploro o infinito profundo que avança na noite. Grito! Mas nada nem ninguem me houve. Que agonia.

Em pleno século XXI e no Ano de 2005 acreditar em coisas difíceis da compreensão é sem duvida um desafio que tenho apreciado nos meus últimos 5 anos de trabalho. Após a experiência tão boa e tão ruim do Brasil, encontro-me hoje e já decorrida uma semana em Angola. Indescritível…. Só agora começo a assimilar esta cultura e a situar-me geograficamente, pelo que começo só agora a contar-vos esta minha experiência Após 8 horas de voo vindo de Lisboa, acordo sobrevoando Luanda, cidade capital. Os meus olhos apenas enxergam o amarelo avermelhado da terra coberta de pequenos casebres, até aí nada demais pois essa visão já a conhecia, e conhece quem nesta data esteve no Brasil. A visão aérea é portanto um tanto idêntica. Já em terra e após passar as burocracias alfandegárias, apanho a minha bagagem e encaminho-me para o tapete verde. Eis que me deparo com um homem vasculhando as minhas coisas, e pedindo os comprovativos da bagagem e por entre dentes me pedindo Dólar. Verde nestas andanças e ap